Deixar para trás a terra que o viu nascer, a família e os amigos por um sonho. Foi a decisão de Alexandre Alverca em 2022, quando surge a oportunidade de trabalhar num dos hotéis mais conhecidos do mundo, o Burj Al Arab. Está no Dubai há dois anos, ainda não planeia voltar a Portugal, mas um dia quer construir o seu próprio negócio. A Central Press foi conhecer a história de um jovem que cresceu em Almeida, e foi viver uma aventura nos Emirados Árabes Unidos.
O jovem almeidense formou-se em Portugal, em gestão turística e hoteleira, e desde 2017 que sempre ouviu falar do Dubai, através de pessoas que iam para lá trabalhar ou simplesmente por turismo, e realça que "tinha a curiosidade de como seria ir para lá".
Enviou o currículo para uma empresa que tinha vagas nos Emirados Árabes Unidos, mas nunca com a esperança de receber uma resposta. Para seu espanto, passado uns dias recebeu a proposta, não aceitou imediatamente, refere que "falou com várias pessoas antes de tomar a decisão, porque sair de Portugal ou de Espanha para outro país tão longe tem sempre os seus riscos, se vamos estar seguros, se a empresa é de confiança, mas foi a curiosidade e a vontade de querer crescer que o levou a arriscar".
No início iria trabalhar numa cadeia de restaurantes muito conhecida na cidade, mas surgiu a oportunidade de trabalhar no Burj Al Arab, o único hotel do mundo com sete estrelas. Alexandre confessa que sempre olhou para o Burj Al Arab como "um sonho, ou um objetivo para um dia mais tarde se fosse possível, mas o facto é que foi possível".
No Burj Al Arab trabalhou como sommelier no programa de vinhos do hotel, e afirma que ser sommelier "não é apenas servir vinhos, inclui os contactos e todos os processos de compra e venda com os fornecedores do hotel", acrescenta ainda que "o hotel tem vários restaurantes e as cartas de vinhos têm que ser adequadas à gastronomia de cada um", e isso requer "muito estudo todos os dias, porque o mundo do vinho está em constante mudança".
Esteve dois anos no Burj Al Arab, e recentemente, decidiu agarrar um novo desafio, e tem o cargo de senior sommelier no hotel The Lana Dorchester Collection. Alexandre confessa que o que o fez deixar o único hotel com sete estrelas do mundo, foi "a oportunidade de crescer e subir de posição", e acrescenta que enquanto profissional tem a filosofia de que "dois anos numa empresa é o suficiente para aprender e perceber como funciona".
Alexandre Alverca questionado acerca da cultura árabe afirma que "não teve um choque cultural muito grande", isto porque, "80% das pessoas que estão no Dubai, não são originárias do Dubai, é uma cidade cosmopolita, as pessoas vêm para trabalhar ou para investir". Mas acrescenta que sendo um país árabe "há sempre coisas que temos de respeitar, novas regras, novas leis, mas a adaptação foi fácil".
O jovem almeidense pretende por agora permanecer no Dubai, mas tem como objetivo construir o seu próprio negócio, confessa que "ainda é muito jovem, e precisa de ganhar mais estabilidade para atingir esse sonho". Alexandre não sabe se esse objetivo vai ser concretizado em Almeida ou não, e afirma que "não é uma pessoa que faça planos a longo prazo", pretende construir o seu percurso "passo a passo, e ver como as coisas surgem".
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Para Ver | Jovem almeidense em busca de um sonho no Dubai

Em busca de um sonho no Dubai @Carolina Barata Central Press
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