A hora vai mudar, mas há muito para saber sobre a razão da mudança. Como e quando Portugal adoptou esta regra?
Em 1992 Portugal assume a primeira presidência do Conselho das Comunidades Europeias, segundo o lema “Rumo à União Europeia”. Esta Presidência ficou marcada pela assinatura do Tratado da União Europeia, em Maastricht, e pela Assinatura do Acordo para o Espaço Económico Europeu, no Porto.
Foi entre 1992 e 1995, Aníbal Cavaco Silva, na altura primeiro-ministro quis acertar a hora com a maioria dos outros países europeus, mantendo o horário alinhado com Espanha.
Este acerto, na altura, provocou problemas porque no inverno, às nove da manhã por vezes ainda era de noite e no verão o dia parecia só chegar ao fim perto das 23 horas.
A União Europeia, através de uma diretiva fixada no ano 2000, define que todos os países-membros são obrigados a mudar para a hora de Verão.
Esta mudança que ainda não é consensual ainda gera muita discussão, havendo quem concorde e quem discorde, quem goste da hora de verão, com dias mais longos e quem prefira a de inverno que tem os ponteiros mais próximos do ritmo solar e considerada por muitos investigadores a que faz mais sentido.
Atualmente, existem três fusos horários na UE: hora da Europa Ocidental ou Tempo Médio de Greenwich UTC+0 (Portugal, Irlanda e Reino Unido), hora da Europa Central UTC+1 (17 Estados-Membros) e hora da Europa Oriental (Bulgária, Chipre, Estónia, Finlândia, Grécia, Letónia, Lituânia e Roménia).
Para os Açores e as Ilhas Canárias vigoram disposições especiais.
Porém e independentemente das nossas preferências, na madrugada de domingo, 31 de março o relógio anda para a frente uma hora.
Portugal Continental e na Madeira: à 01:00 (uma hora)
Açores: às 00:00 (meia-noite)
Dias mais longos, porquê e para quê? Impactos na nossa saúde?
A origem
Benjamin Franklin considerado um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos, foi um dos líderes da Revolução Americana, é conhecido pelas suas citações e experiências com a eletricidade.
Ele foi percursor, sugerindo a mudança de horário para se aproveitar a luz do dia e assim poupar em velas e o combustíveis utilizados para a iluminação.
A grande mudança surgiu durante a I Guerra Mundial, em 1916, com a implementação da mudança da hora com o objectivo de poupar no combustível utilizado para a iluminação.
Alemanha e Austria envolvidos em elevados consumos e gastos de guerra foram os primeiros e outros os seguiram.
Influência nas nossas vidas
Em entrevista à Central Press, a presidente da Associação Portuguesa do Sono, Daniela Sá Ferreira, revelou que neste período há “maior frequência de acidentes de viação e laborais”.
A Associação Portuguesa do Sono defende o fim destas mudanças bianuais. Caso essa situação se viesse a verificar, o ideal seria optar pela hora de inverno, designada como a hora padrão. “É a hora que está mais sincronizada com o nosso relógio biológico e a que tem menos impacto para a saúde”
Importante saber
Independente das mudanças de hora, a hora legal é escolhida por cada país.