O turismo académico internacional tem vindo a crescer em Portugal, revela um estudo da universidade de Coimbra (UC). Em particular, entre os anos letivos 2013/2014 e 2019/2020 o país registou um aumento de 46% no que respeita aos turistas académicos internacionais, que chegaram a Portugal para frequentar o ensino superior por períodos inferiores a um ano, informou a UC em nota de imprensa enviada à Central Press.
Este estudo foi realizado no âmbito do Doutoramento em Turismo, Património e Território da Faculdade de Letras da UC, pela estudante Dina Amaro, primeira autora do artigo científico, e contou com a colaboração das docentes da FLUC e investigadoras do CEGOT, Ana Maria Caldeira e Cláudia Seabra.
No artigo científico Exploring Higher Education Mobility through the Lens of Academic Tourism: Portugal as a Study Case, publicado na revista Sustainability, a equipa de investigação nota que “Portugal experienciou um crescimento notável”. “Atributos como a educação de qualidade, a
segurança, o multiculturalismo, o custo de vida acessível ou as estabilidades políticas, económicas e sociais contribuíram para que Portugal testemunhasse um aumento de estudantes em mobilidade
entre 2013 e 2020”, destaca a docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e investigadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da UC, Cláudia Seabra.
Este aumento só foi travado pela pandemia, período durante o qual foi registada uma diminuição do número de estudantes internacionais em mobilidade no país: no ano letivo 2019/2020 eram 60 679,
enquanto que no ano seguinte (2020/2021) se matricularam 55 137 estudantes. “Apesar deste decréscimo, parece-nos que o impacto desta diminuição pode ter sido menos grave do que o esperado”, refere a coordenadora do estudo e estudante de doutoramento da FLUC, Dina Amaro.
Apesar desta quebra, os “turistas académicos mostraram ser mais resilientes do que os turistas convencionais, informação que nos parece crucial para o planeamento e gestão dos destinos turísticos”, sublinha a coautora do artigo, docente da FLUC e investigadora do CEGOT, Ana Maria Caldeira. “Esta resiliência poderá estar possivelmente relacionada com o comprometimento deste tipo de turistas com as suas ambições pessoais no que respeita aos estudos, o que supera o impacto imediato da pandemia”, acrescenta.
A investigação aponta, no entanto, a existência de assimetrias nesta dinâmica turística: as instituições de ensino superior mais afastadas dos grandes centros urbanos receberam menos estudantes internacionais em
mobilidade.
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Estudo da universidade de Coimbra revela que o turismo académico internacional cresceu 46%

Universidade de Coimbra @Paulo Amaral
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