O Festival de Ópera de Óbidos (FOO) está de regresso, entre os dias 6 e 15 de setembro, para “surpreender o público com um cartaz de nível superior”, garante o presidente do Município, Filipe Daniel, de acordo com o comunicado enviado à Central Press. O evento - que este ano estende e adapta a sua programação ao Convento de São Miguel (Gaeiras), à Praça da Criatividade e ao Olho Marinho (Olhos d’Água - Largo da Fonte) - pretende posicionar-se no circuito da ópera. “Queremos ter um conjunto de eventos ecléticos, que chegam a vários públicos e impactam várias gerações”. Ao mesmo tempo, “ao estarmos a levar o evento à comunidade, estamos a envolver um público que, de outra forma, não assistiria a este tipo de espetáculo”. “A elevação cultural é também aqui um objetivo”, sublinhou Filipe Daniel. Rui Morais, presidente da ABA, Banda de Alcobaça Associação de Artes, sustenta o sucesso do Festival de Ópera em três dimensões: estabilidade, versatilidade e qualidade. “Estabilidade porque este é um projeto ancorado a quatro anos. As artes performativas precisam de tempo para se afirmarem e é uma honra trabalhar com o Município de Óbidos neste festival a médio-longo prazo”, referiu. A grande produção da edição deste ano, que explora a temática do feminino sob o espectro “A Tragédia e a Comédia”, é “A Filha do Regimento”, de G. Donizetti, que se faz acompanhar da ópera-tango “María de Buenos Aires”, de A. Piazzolla, de “O Último Canto - Camões e o Destino”, de C. Viana, além de uma Gala de Ópera dedicada a G. Puccini. Será uma adaptação a estrear no festival, a partir do original de Gaetano Donizetti com libreto de Jules-Henri Vernoy de Saint-Georges e Jean-François Alfred Bayard. “É uma ópera que inclui texto falado e cantado, e que vai ser apresentado em francês com legendagem”, explicou o encenador Jorge Balça. Na sua opinião, “este festival é um contributo de peso para o universo operático”. “Para mim vai ser um desafio enorme, porque vou ao extremo da comédia e do dramatismo”, afirmou, por seu turno, a soprano Beatriz Maia, que assumirá o papel da protagonista Marie. José Rafael Rodrigues, vice-presidente da ABA - Banda de Alcobaça e coordenador executivo do festival, referiu que é grande a expectativa para esta produção, que conta com um grupo alargado de solistas, com destaque para a jovem promessa croata Valentino Blasina (tenor), que atua presentemente em Viena de Áustria. O responsável destacou a atenção às efemérides, já que o programa deste ano leva também a palco obras do poeta Luís Vaz de Camões, no contexto celebrativo do quinto centenário do seu nascimento. Os bilhetes estão já à venda. O Festival de Ópera de Óbidos é uma organização da ABA - Banda de Alcobaça Associação de Artes, em parceria estratégica com o Município de Óbidos, com o apoio da República Portuguesa - Cultura / Direção Geral das Artes e com o apoio à produção da Anuartis.