Central MaO Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL) responsabiliza a administração da ERSUC pela paralisação de 48h previstas para os dias 15 e 16 deste mês. A entidade sindical afirma que a empresa "insiste em ignorar a reivindicação dos trabalhadores de melhores salários e condições de trabalho, dignificação profissional, respeito pela contratação coletiva e o fim da precariedade laboral", de acordo com o comunicado enviado em primeira mão à Central Press. O sindicato afirma que o lucro obtido pela empresa, pertencente ao Grupo EGF/Mota-Engil, é "fruto do árduo trabalho dos trabalhadores". Apesar dos resultados positivos, a entidade laboral aponta para a decisão da administração que "preferiu distribuir cerca de 1,9 milhões de euros em dividendos aos acionistas, descapitalizando assim a empresa". Perante aquilo que consideram "intransigência da administração e a imposição de serviços mínimos que mais não são do que uma vergonhosa limitação do direito à greve", o STAL e os trabalhadores da ERSUC avançaram com as seguintes reivindicações: » Aumento geral dos salários e das prestações pecuniárias para todos os trabalhadores em 10%, no mínimo de 100€, para permitir repor o poder de compra dos trabalhadores perdido nos últimos anos; » Atualização da retribuição base mensal mínima de 850€; » Pagamento do Subsídio de Refeição para o valor de 10,50€/dia; » Atribuição e regulamentação de um Subsídio de Penosidade, Insalubridade e Risco, bem como de um Subsídio de Transporte; » Abertura de um processo negocial sério, com resposta ao Caderno Reivindicativo apresentado pelos trabalhadores, e início de um processo de negociação de Acordo de Empresa; que uniformize as regras laborais, e promova e garanta a valorização remuneratória, a dignificação profissional e a qualidade do serviço prestado; » Valorização das carreiras profissionais e sua regulamentação, para permitir a progressão e promoção na carreira a todos os trabalhadores; » Revogação do atual sistema de avaliação de desempenho e negociação de um novo, que seja justo e que valorize os trabalhadores e as suas carreiras; » Contra o clima de assédio e intimidação dos trabalhadores, no pleno respeito dos seus direitos, liberdades e garantias; » Regularização das situações de vínculo precário; » Melhoria das condições de trabalho e o pleno respeito pelas normas de segurança e saúde no trabalho. No âmbito das categorias profissionais, e nomeadamente quanto à criação da categoria de motorista, segundo o sindicato, a administração da empresa garante que o assunto está já a ser tratado. O STAL afirma que tudo fará para que se concretize o reconhecimento da categoria de motorista, bem como de todas as outras, e a valorização das carreiras, afirmando que se trata "da mais elementar justiça para um conjunto alargado de trabalhadores".