A penúltima semana d’O Verão a 2 Tempos * Epicentro traz à Baixa de Coimbra um concerto da Orquestra Clássica do Centro, no sábado, dia 24 de agosto, às 19h00. No mesmo dia, mas às 17h00, no Largo do Poço, Puçanga e Constança Ochoa apresentam uma das últimas residências artísticas do programa de verão promovido pelo Município de Coimbra e pela Blue House, de acordo com o comunicado enviado à Central Press. A semana do Verão a 2 Tempos * Epicentro inicia-se já amanhã, dia 20 de agosto, às 18h00, com o Dj Set de Johnny Gil, no Palco Epicentro, na Praça de Comércio. O mesmo local, às 19h00, recebe Filipe Furtado Trio. O açoreano é também um apreciador musical eclético e um radialista amador e encontra a sua paixão na música brasileira: a bossa nova. Fazendo-se acompanhar pelo baterista Paulo Silva e o saxofonista Filipe Fidalgo, o seu trio viaja também por outros territórios, passando pelo jazz e deixando-se influenciar pelo rico cancioneiro português. O seu disco de estreia “Prelúdio”, que apresenta desde 2021, foi gravado nos estúdios da Blue House e lançado pela editora açoriana Marca Pistola, no final de 2022. Quinta-feira, dia 22 de agosto, começa com um homem da rádio ao leme do DJ Set no Palco Epicentro, na Praça do Comércio. João André Oliveira, da Antena 3, vai juntar todas as suas experiências, prometendo um final de tarde cheio de energia com ritmos vindos dos vários cantos do mundo. A partir das 18h00, para dançar e aproveitar o sol, bem no coração de Coimbra. O programa prossegue no mesmo local às 19h00, com o espetáculo Ventos do Sul, um projeto constituído na interligação de música e de poesia, construindo pontes e derrubando mitos a partir de perspetivas do sul global, buscando-se a utilização do espaço para que a palavra tenha força e a música a carregue até tocar cada ouvinte. O projeto conta com o poeta Kongola Nkossy Ubuntu Moxi, filho dos Reinos do Kongo, Ndongo e Matamba e a poetisa Edvânia Verónica Becape, moçambicana, que vão ser acompanhados sonoramente por Samuel Peruzzolo e Ricardo Brito. O espetáculo vai contar também com participação do artista cabo-verdiano Cachupa Psicadélica. Sexta-feira, dia 23, começa, às 17h00, com uma Conversa na Baixa, no Coola Boola. Desta vez a temática é sobre a descentralização da cultura e como os meios de comunicação podem ajudar nessa mudança, com a presença de Miguel Rocha, escrevedor na Playback, no Rimas e Batidas e no Público e de António Matos Silva, programador do ZigurFest. Às 19h00, nas Escadas de São Tiago, vai ser tempo de escutar fado de Coimbra, através do projeto “Iterum – Diogo Alves | Guilherme Catela“. Com o objetivo de estudar e aprofundar o seu conhecimento sobre a canção de matriz coimbrã, nomeadamente fados, guitarradas, baladas e baladas a viola, bem como dar vida a alguns temas que, com o passar dos anos, foram caindo no esquecimento, o grupo conta ainda com a presença do cantor Manuel Moura Pinheiro, nascido em Coimbra. Às 22h00, numa parceria com a 15ª edição do Festival das Artes Quebra Jazz, atua o Trio Paulo Santo, nas Escadas do Quebra Costas. O concerto repete no dia seguinte também às 22h00, no mesmo local. Sábado, dia 24, às 17h00, começa com um DJ Set com curadoria da Rádio Baixa. Às 18h00, vai ser tempo de presenciar a apresentação pública de uma das últimas residências artísticas do Verão a 2 Tempos * Epicentro. O Largo do Poço recebe Puçanga & Constança Ochoa. Puçanga é o nome que define artisticamente a lisboeta Vera Marques, cantora, compositora e produtora, que se inspira também no folclore e em canções de resistência, a sua música explora questões de justiça social, feminismo e a eletricidade das emoções, resultando num estilo próprio de eletrónica experimental. A palavra Puçanga significa feitiço, ou remédio caseiro, e é essa vontade de explorar o desconhecido e o oculto que vai estar na base desta residência com Constança Ochoa. Cantora e compositora natural de Coimbra, fundou os projetos Peixinhos da Horta e, mais recentemente, Líquen, onde espelha com mestria o seu gosto particular por polifonias vocais, nas quais faz uso frequente de pedais de loop. O resultado é uma sonoridade híbrida, onde convivem instrumentos acústicos e eletrónicos, ritmando e texturando o espaço para a voz. O dia termina no Claustro do Silêncio do Mosteiro de Santa Cruz, às 19h00, com o concerto da conceituada Orquestra Clássica do Centro (OCC). O Verão a 2 Tempos * Epicentro aposta no cruzamento de públicos e na revivificação dos espaços, através de concertos, DJ Set, sessões de cinema, oficinas para crianças, visitas temáticas e residências artísticas que compõem os ciclos programáticos da iniciativa, que junta o programa municipal Verão a 2 Tempos com o Festival Epicentro, distribuídos por várias artérias da Baixa de Coimbra. Numa ampla coorganização de entidades culturais, sociais e políticas, sediadas na Baixa de Coimbra, Verão a 2 Tempos * Epicentro conta com a parceria da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, da Associação Cultural Quebra Costas, da Escola da Noite, da Encontros de Fotografia, da Associação Há Baixa, do Jazz ao Centro Clube e da União das Freguesias de Coimbra. Com mais de três centenas de propostas artísticas, das quais 25 são residências artísticas, que enformam a oferta cultural interdisciplinar nos meses de Verão e numa perspetiva de estreito diálogo e articulação com os agentes culturais sediados na cidade e na região de Coimbra, este programa promove a articulação entre as mais diversas entidades, amplia a oferta cultural de Coimbra, incentiva a criação artística, promove a criação de públicos e provoca pensamento sobre as dinâmicas sociais e culturais da baixa da cidade. Todos os espetáculos são de entrada gratuita e toda a programação está disponível online.