O Festival do Bacalhau 2024, que se realizou de 14 a 18 de agosto, no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, chega ao fim. Os dados das associações ainda estão a ser apurados, mas tudo aponta para que o número de refeições servidas tenha sido superior ao do ano anterior, rondando as 23 mil refeições. As estimativas indicam, ainda, para a afluência de um total de 185 mil visitantes, durante os cinco dias de festival, de acordo com o comunicado enviado à Central Press. Em termos estruturais, a grande novidade deste ano foi o novo stand geral do Pavilhão Âncora, com uma nova abordagem, alusiva às casas da Costa Nova, e a nova configuração da zona do artesanato, mais apelativa e organizada. No exterior, a zona de esplanada das padarias e do bar da Rota da Bairrada recebeu um novo piso de contraplacado marítimo, evitando, de alguma forma, a poeira proveniente do piso de saibro. Os bares e as padarias beneficiaram, também, de melhores condições, com novos módulos para trabalho. O Festival do Bacalhau 2024 foi ainda mais inclusivo. Todos os concertos do Palco Estibordo foram acompanhados de uma intérprete de língua gestual portuguesa, bem como os showcoookings de Tia Cátia (Teka) e de Bárbara Pereira (Intermarché). À semelhança do ano anterior, junto ao Palco Estibordo, instalou-se uma plataforma de mobilidade condicionada, devidamente sinalizada, e reservaram-se duas zonas de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida – um a sul do Jardim Oudinot, junto ao Ecomare, e outro a norte, junto ao ancoradouro. Para proporcionar uma melhor experiência aos visitantes, pela primeira vez, houve vários ecrãs gigantes no recinto – dois junto ao Palco Estibordo, com a transmissão dos concertos; um na esplanada das padarias e Rota da Bairrada; e outro na zona dos showcookings, com a transmissão de todos os detalhes da confeção dos pratos. Destaque ainda para a melhoria das condições dos sanitários, bem como na respetiva limpeza. O Pavilhão Âncora, onde se realizaram 17 showcookings e onde decorreu a mostra de artesanato, recebeu a visita de mais de 40 mil pessoas. A mostra de artesanato acolheu 30 artesãos e 8 associações do Município de Ílhavo, que apresentaram 24 peças ao Concurso de Artesanato. A vencedora foi Amorosa Ferreira. Ana Raquel Vidal e Cláudia Conde venceram o segundo e terceiro prémios, respetivamente. O Navio-Museu Santo André, atracado no Jardim Oudinot, recebeu 5 mil visitantes, mais mil que na edição de 2023. Durante o festival realizaram-se visitas especiais com ex-tripulantes, nas quais participaram 70 pessoas. No “Forte das Brincadeiras”, espaço dedicado aos mais novos realizaram-se diversas oficinas, jogos e brincadeiras, que desafiaram a criatividade de mais 4 mil crianças, durante todo o dia. A "Corrida Mais Louca da Ria", que se realizou a 17 de agosto, no esteiro do Jardim Oudinot, contou com a participação de 20 embarcações, representadas por 11 associações e uma empresa. Entre as associações, na categoria “demonstração” venceram o Agrupamento de Escuteiros 588 - Gafanha da Nazaré e a Bússola Partilhada, nas subcategorias “construção” e “transformação”, respetivamente. Já na categoria “corrida” ganhou a Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha e o Clube Natureza e Aventura de Ílhavo, nas subcategorias “construção” e “transformação”, respetivamente. O Grupo Desportivo da Gafanha ganhou na categoria melhor técnica de navegação; o CASCI foi a embarcação mais bem-disposta; o Agrupamento de Escuteiros 588 - Gafanha da Nazaré venceu na categoria “melhor equipa feminina”; e o Agrupamento de Escuteiros 1024 – Gafanha da Encarnação conquistou o prémio de equipa mais jovem e de melhor claque. Entre as empresas, na categoria demonstração e subcategoria construção venceu a embarcação “Pascoal Atlântico”, da Pascoal e Filhos. Da mesma empresa, a embarcação “A Cidade de Amarante” foi a mais rápida, na categoria “corrida” e subcategoria “construção”. A Pascoal e Filhos SA foi ainda a claque mais animada. A "Volta ao Cais em Pasteleira”, que se realizou no dia 18 de agosto, contou com cerca de 300 participantes, que pedalaram entre o Cais dos Bacalhoeiros e o Jardim Oudinot, terminando com um piquenique e um bailarico. Pela primeira vez, foi atribuído um prémio à melhor “farpela”, conquistado por Helena Neves Mariano, e ao dono da melhor “pasteleira”, Germano Ribeiro – ambos da Gadanha da Nazaré. Na música, passaram pelo Palco Estibordo, Vitor Kley (14 agosto), Tony Carreira (15 agosto) - o concerto com maior afluência de sempre, com 30 mil pessoas -, GNR (16 agosto), Aurea (17 agosto) e Buba Espinho (18 agosto). As noites encerraram, com “casa cheia” no Palco Bombordo, com concertos proporcionados por artistas locais: Sigra (14 agosto), Freddy Strings (15 agosto), Cruzes Credo (16 agosto), Dark Void (17 agosto) e Jambalaya (18 agosto). No mesmo palco, Vasco Ramalheira e Hugo Leite foram os DJ de serviço, ao por do sol. O Festival do Bacalhau voltou a merecer a designação de “ecoevento”, uma distinção sob coordenação da ERSUC e num claro compromisso assumido para a redução do impacte ambiental resultante do evento: ao nível da otimização da gestão dos resíduos; ao nível da adoção de produtos ecológicos, também eles com um menor impacto associado; e ainda ao nível da mobilidade, com aposta nos modos suaves e em ações de compensação carbónica face ao CO2 emitido na preparação, durante e após o evento. O “salto” no tratamento das questões ambientais do festival é, hoje, mais do que reconhecido, reduzindo-se ao mínimo a produção indiferenciada de resíduos, e potenciando cada vez mais a separação dos diferentes fluxos recicláveis – papel/cartão; embalagens de plástico e metal; vidro; e os biorresíduos. Para a realização deste evento, a Câmara Municipal de Ílhavo contou com 112 colaboradores (nas diferentes fases de montagens, preparativos, desmontagens e trabalho durante o festival) e cerca de 600 voluntários (entre organização e associações participantes).