A ministra da Cultura considerou, esta quinta-feira, dia 10 de outubro, na inauguração da 9ª edição do "FÓLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos", que Óbidos está na primeira linha no combate cultural pela democracia e pela liberdade, reforçando que “sem o livro e sem a leitura não teremos democracia sem liberdade", informou o Município em nota de imprensa enviada à Central Press.
Dalila Rodrigues disse que Óbidos faz, assim, “jus ao seu título de ‘vila literária’, conquistado através de um trabalho persistente e paciente, de muitos anos, na salvaguarda de um dos maiores bens comuns da humanidade: a experiência de ler e de escrever”.
A governante manifestou ainda preocupação com a “concorrência desleal de redes e plataformas, na aparência mais estimulantes, mas a prazo ameaçadoras para a estabilidade das repúblicas, para a saúde das democracias e para o bem-estar mental dos nossos cidadãos”.
A propósito da “Inquietação”, tema escolhido para a edição deste ano do FÓLIO, Filipe Daniel, presidente do Município de Óbidos, referiu que “a inquietação é o motor que nos move, a força que nos faz questionar, que nos incita à reflexão, à mudança e à criação”. E acrescentou que “a literatura sempre foi, e será, uma forma poderosa de traduzir essa inquietação em palavras que tocam, transformam e iluminam o caminho”.
O autarca recordou que o festival literário se associou à celebração dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, “o nosso poeta maior, cuja obra ressoa com uma profunda inquietação sobre a existência, a pátria, e o amor”. “Camões é um ícone da nossa literatura e um exemplo de como as palavras podem atravessar os séculos, e continuar a inspirar novas gerações”, lembrou.