O escritor Valter Hugo Mãe é o convidado de dezembro do projeto de promoção e incentivo à leitura «5as de Leitura», cuja sessão terá lugar dia 05 de dezembro, pelas 21h30, na Sala de Leitura da Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, tendo como moderadora a professora e crítica literária Teresa Carvalho.
De acordo com informação da organização, o autor, que é um dos mais destacados autores portugueses da atualidade, com uma vasta obra traduzida em inúmeras línguas, Valter Hugo Mãe, que é já uma presença assídua no projeto «5as de Leitura», vem falar do seu mais recente livro “Deus na Escuridão”, que tem a ilha da Madeira como cenário, é inspirado em histórias reais e que têm no epicentro da ação a vida de dois irmãos cheios de “bravura”.
“Deus na escuridão” encerra a tetralogia “Irmãos, ilhas e ausências”, inaugurada em 2013 com “A Desumanização”, seguida de “Homens Imprudentemente poéticos”, em 2015, e “As doenças do Brasi”, em 2021.
A entrada é gratuita, contudo, sujeita à lotação do espaço.
Biografia
Valter Hugo Mãe é o nome artístico de Valter Hugo Lemos, nascido em Angola, a 25 de setembro de 1971. Além de ser um dos escritores portugueses mais destacados da atualidade, é artista plástico e cantor.
Passou a infância em Paços de Ferreira, e em 1980 mudou-se para as Caxinas, em Vila do Conde, onde mantém residência.
Licenciou-se em Direito e fez uma pós-graduação em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Autor dos romances: Deus na escuridão, As doenças do Brasil, Contra mim (Grande Prémio de Romance e Novela - Associação Portuguesa de Escritores); Homens imprudentemente poéticos; A Desumanização; O filho de mil homens; a máquina de fazer espanhóis (Prémio Oceanos); o apocalipse dos trabalhadores; o remorso de baltazar serapião (Prémio Literário José Saramago) e o nosso reino.
Escreveu alguns livros para todas as idades, entre os quais: Contos de cães e maus lobos, O paraíso são os outros, As mais belas coisas do mundo, Serei sempre o teu abrigo e A minha mãe é a minha filha.
A sua poesia encontra-se reunida no volume publicação da mortalidade.
Publica a crónica Autobiografia Imaginária, no Jornal de Letras, e Cidadania Impura, na Notícias Magazine. Com exceção da poesia, que tem chancela Assírio & Alvim, toda a sua obra está publicada pela Porto Editora.
Para além da escrita, tem-se dedicado ao desenho, e desde a primeira exposição individual em 2007, na Galeria Símbolo, no Porto, o seu trabalho artístico tem sido promovido em muitas outras exposições, entre as quais, A Boca Que Olha, integrada na Onda Bienal de Gaia, no ano de 2020.
Na música, estreou-se como voz do grupo Governo em 2008, no Teatro do Campo Alegre, no Porto, projeto que mantém até aos dias de hoje.