Vitor Sereno, natural de Coimbra e até agora embaixador no Japão foi empossado como o novo secretário-geral do Sistema de Informação da República Portuguesa (SIRP)., num momento crítico para a segurança internacional.
Casado e com um filho, é formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) e exerceu advocacia na sociedade de advogados Castanheira Neves.
O início da carreira diplomática levou-o para Guiné-Bissau, Argentina, Alemanha e Países Baixos. Vitor Sereno foi cônsul-geral em Macau e Hong Kong e embaixador no Senegal e no Japão, para além de chefe de gabinete de Miguel Relvas quando este era ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares.
Condecorado com a Gran Cruz da Ordem do Mérito, entra para o lugar até agora ocupado por Graça Mira Gomes, a quem foi solicitada demissão após o caso da recuperação do computador no Ministério das Finanças.
O novo seretário-geral referiu na sua mensagem que:
"Este contexto é marcado pelo impacto transversal de novos conflitos na segurança económica e energética, pelo exacerbar de ideologias extremistas e terroristas que visam subverter os valores fundamentais das sociedades democráticas, pela tentativa sistemática de Estados hostis em alcançar vantagens competitivas através de espionagem, interferência ou sabotagem, e pela persistente ação de grupos e organizações criminosas internacionais que instrumentalizam o tecido social e infiltram administrações públicas.
Simultaneamente, estas e outras ameaças encontram no mundo online o espaço vital para ampliação, aceleração e dissimulação, criando novas vulnerabilidades que afetam diretamente a segurança no mundo físico.
Neste quadro de instabilidade e incerteza, as informações estratégicas de defesa e de segurança assumem uma relevância acrescida, constituindo pilares fundamentais para a proteção do Estado de Direito democrático, para a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e para a salvaguarda do interesse nacional. A missão essencial dos Serviços de Informações é antecipar e alertar para a ação dos múltiplos agentes de ameaça, identificar e descrever vulnerabilidades, e reconhecer e mitigar os seus impactos negativos. É esta a responsabilidade e o dever dos Serviços de Informações portugueses."