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Coimbra

Festa das Cruzes já é património imaterial


Festa das Cruzes @CM Tondela

A candidatura apresentada pela Câmara de Tondela para inscrever a Festa das Cruzes do Guardão no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial já foi aprovada pelo Património Cultural - Instituto Público. É o primeiro bem do concelho a integrar esta lista, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

O processo submetido em maio de 2023 pelo município chegou agora ao fim, com a publicação esta quinta-feira, dia 9 de janeiro da decisão, tomada a 28 de novembro pelo presidente do instituto, João Soalheiro, em Diário da República (DR).

“A inscrição da Festa das Cruzes do Guardão no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial reflete os critérios constantes no artigo 10.º do referido diploma [Decreto-Lei n.º 139/2009], destacando a importância de que se reveste esta manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da identidade da comunidade envolvente e a sua profundidade histórica e evidente relação com outras práticas inerentes à comunidade”, pode ler-se no DR.

O município acredita que a inscrição da Festa das Cruzes na lista de património imaterial portuguesa vai ajudar a salvaguardar, a valorizar e a promover ainda mais este evento que se realiza há mais de 300 anos no Guardão.

“Estamos muito satisfeitos com a inscrição da Festa das Cruzes no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Para nós este é um reconhecimento justíssimo e muito relevante não só para esta manifestação religiosa e cultural secular, mas também para o concelho de Tondela”, afirma a presidente da Câmara, Carla Antunes Borges.

“Com este reconhecimento, este evento deixa de ser do Guardão e do Caramulo e passa a ser português e isso é muito importante porque, a partir de agora, há também aqui uma responsabilidade nacional relativamente a este bem”, acrescenta.

Na opinião da autarca, esta classificação representa também uma afirmação de que Tondela é um concelho preocupado com os valores humanistas. “A partir de um ritual, de uma festa religiosa, continuamos desde tempos imemoriais a trabalhar valores da humanidade, como a solidariedade e fraternidade, que estão presentes nesta tradição. Isto é extremamente importante nos dias de hoje, uma vez que estes são valores cada vez mais ausentes”, remata.

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