A FENPROF quis saber a opinião dos professores em relação à criação da carreira de diretor, à eventual transferência da gestão de recursos humanos, designadamente os professores, para as escolas ou para as autarquias, à possibilidade de introdução de critérios como a residência ou a avaliação do desempenho no processo de recrutamento de docentes, "à desresponsabilização do Estado central por via da transferência de competências para os municípios", entre outros aspetos relacionados com a constituição do órgão de gestão dos agrupamentos e escolas não agrupadas, bem como das estruturas intermédias de gestão, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
O Ministério da Educação anunciou que o atual regime de autonomia, administração e gestão das escolas irá ser revisto. De acordo com nota de imprensa enviada pela FENPROF à Central Press, no início do ano letivo apontavam essa revisão para o mês de janeiro, entretanto, adiaram por alguns meses, mas mantiveram a intenção de avançar com o processo de revisão ainda este ano letivo. Segundo o sindicato dos professores, "o anúncio desta revisão poderia ser uma boa notícia, não fora o rumo apontado no programa do governo, do qual a FENPROF discorda e não está sozinha, pois essa também é a opinião dos professores e educadores, de acordo com um inquérito que contou com mais de 7000 respostas de docentes de todos os distritos do país".
De acordo com a FENPROF, "as respostas dos professores não deixam dúvidas sobre qual a sua posição e contrariam, de forma frontal, a posição que, sobre a matéria, o Conselho das Escolas aprovou recentemente, no sentido de reforçar, ainda mais, o poder do diretor, órgão unipessoal escolhido por um colégio muito reduzido".
Os resultados deste inquérito, que irão reforçar as posições da FENPROF no processo de revisão do regime de autonomia e gestão, serão divulgados amanhã, quinta-feira, 6 de fevereiro, pelas 12h00, na sede da FENPROF, em Lisboa.