O sindicato dos enfermeiros portugueses (SEP) reagiu hoje, dia 27 de fevereiro, em nota de imprensa enviada à Central Press, às declarações da Ministra da Saúde em relação ao regresso das parcerias público-privadas no SNS.
De acordo com o SEP, as recentes declarações da Ministra da Saúde que referiu “se depender de mim, várias unidades hospitalares passarão a ser Parcerias Públicas-Privadas”, "demonstra bem qual é, e sempre foi, o objetivo do Governo: privatizar a saúde".
No contexto atual da organização em Unidades Locais de Saúde, o SEP afirma que a Ministra da Saúde "não faz qualquer referência se a atribuição do regime de PPP a uma unidade hospitalar determinará que toda a Unidade Local de Saúde, incluindo os centros de saúde, sejam geridos pelo Parceiro Privado".
Na nota de imprensa, o sindicato dos enfermeiros acrescenta que "é conhecido que o deficiente funcionamento do SNS decorre do subfinanciamento crônico, da falta de autonomia gestionária das administrações para fazer face às necessidades de recursos humanos e equipamentos, da carência de recursos humanos, da desvalorização das carreiras profissionais e da promiscuidade entre o setor público e os setores privado e social".
Relativamente aos problemas acima enumerados, o SEP realça que "o Governo nada tem feito e mesmo as valorizações de algumas carreiras profissionais que já aconteceram, ficaram aquém do necessário".
O SEP conclui que "a ausência de planificação de médio e longo prazo para a construção, aquisição e modernização dos equipamentos continua a não existir, assim como para a contratação de profissionais de saúde".