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Escola da Noite acolhe no TCSB dois espetáculos de teatro

Redação Central Press/
14/04/2025, 17h36
/
4 min
"O Dragón de Ouro"  @Rúben Vilanova
"O Dragón de Ouro" @Rúben Vilanova

A Escola da Noite acolhe esta semana no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, os espetáculos “Autos da Revolução”, do Cendrev, e “O Dragón de Ouro”, da companhia galega Sarabela Teatro. “O Dragón de Ouro”, peça do dramaturgo alemão Roland Schimmelpfennig, antecipa a estreia da próxima criação da companhia de Coimbra, prevista para o final de maio, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

Presença regular no palco do TCSB, graças à relação de intercâmbio que há muito mantém com A Escola da Noite, o Centro Dramático de Évora (Cendrev) apresenta em Coimbra a 16 de Abril, quarta-feira, pelas 19h00, “Autos da Revolução”, construído a partir de textos de António Lobo Antunes.

O espetáculo propõe os relatos cruzados de diferentes personagens: um operário carregador de mudanças, um empregado de escritório militante maoista, uma camponesa explorada numa quinta, uma burguesa caridosa e um dono de empresas. Cada uma destas personagens recorda o seu 25 de Abril e conta o que sucedeu consigo. Pretende-se, assume a companhia de Évora, “confrontar o público com um conjunto de olhares e inquietações sobre esses acontecimentos que transformaram profundamente a vida do povo português” e que criaram “condições para notáveis avanços civilizacionais que hoje estão a ser profundamente delapidados”.

Originalmente criado em 2004 e re-trabalhado em 2014, “Autos da Revolução” estreou em 2024 a sua terceira versão, a convite da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril. Com seleção de textos e dramaturgia de Pierre-Étienne Heymann e direcção de Gil Salgueiro Nave e José Russo, o espectáculo conta com as interpretações de Ana Meira, Carolina Pequito, Ivo Luz, Jorge Baião, José Russo e Mariana Ramos Correia.

Da Galiza chega, a 17 de Abril (quinta-feira, 21h30), o espetáculo O Dragón de Ouro, a mais recente produção da companhia Sarabela Teatro, sediada em Ourense. A fábula leva-nos para “algum lugar da Europa” onde existe um restaurante de comida rápida tailandês-chinês-vietnamita (“O Dragón de Ouro”).

Na cozinha, um jovem chinês sente uma forte dor de dentes. Sem autorização de residência e sem dinheiro e, por isso, sem poder ir ao dentista, é ajudado pelos colegas, que decidem arrancar-lhe o dente. A história vai-se cruzando com as vivências dos restantes habitantes e frequentadores do prédio: um idoso que quer recuar no tempo; a sua neta, grávida e com um namorado que não quer ter filhos; um homem que foi deixado pela sua mulher; um comerciante enigmático que obriga uma jovem chinesa à prostituição; duas hospedeiras de bordo que comem no restaurante e encontram um dente que caiu na sopa tailandesa.

Com encenação de Ánxeles Cuña Bóveda, “O Dragón de Ouro” foi recentemente distinguido com quatro Prémios María Casares, atribuídos pela Associação de Actores e Actrizes da Galiza, nas categorias de melhor actriz secundária (Sabela Gago), adaptação-tradução (Catuxa Pato), iluminação (Laura Iturralde) e espaço cénico (Iris Branco).

Ánxeles Cuña Bóveda dirige atualmente em Coimbra uma outra peça do dramaturgo alemão Roland Schimmelpfennig, “O Grande Incêndio”, numa co-produção entre A Escola da Noite e o Sarabela Teatro que tem estreia prevista para a última semana de Maio.

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