O órgão consultivo do monumento natural Livraria do Mondego reuniu, pela primeira vez, na Casa das Artes Martins da Costa, em Penacova, de acordo com o comunicado enviado à Central Press.
Na primeira reunião do Conselho Consultivo marcaram presença, Pedro Dinis (PS), que dirigiu os trabalhos, e Honorata Pereira (CDU), membros designados pela Assembleia Municipal, Ana Paula Malo, da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, José Lopes, da CIMRC – Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, Cristina Simões, do Agrupamento de Escolas de Penacova, Afonso Costa, da empresa ALTRI e Carlos Fonseca, da Universidade de Aveiro, os dois últimos enquanto convidados e ainda os técnicos do município Isilda Duarte e Miguel Assis.
Na ordem de trabalhos desta primeira reunião esteve a aprovação do programa de ações a desenvolver no presente ano. O documento apresentado pela Câmara Municipal prevê a implementação de um conjunto de medidas para preservar, valorizar e divulgar aqueles rochedos situados nas margens do rio Mondego.
A autarquia de Penacova está a desenvolver um projeto de valorização turística e ambiental que prevê a criação de um centro interpretativo, com edifício de acolhimento e uma travessia pedonal entre as margens. A par destas medidas, está em estudo o reforço da sinalética, através de novos painéis informativos, ao longo do trilho PR5 que atravessa os rochedos. No plano ambiental, o plano prevê ações para o controlo das espécies invasoras e a plantação de novas espécies.
O plano de ação foi apresentado pelo presidente da câmara, Álvaro Coimbra e pelo vereador António Magalhães Cardoso.
Em finais do ano passado, a Livraria do Mondego passou a integrar a Rede Nacional de Áreas Protegidas, após processo iniciado pela câmara em 2023. Os rochedos, em forma de estantes de livros, são reconhecidos como de elevado valor geológico desde o século XIX. As rochas quartzíticas esculpidas pelo tempo ao longo de quatrocentos milhões de anos formam uma garganta que separa as serras do Buçaco, da serra da Atalhada.