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Montenegro apela à calma e à moderação no consumo de eletricidade após apagão nacional

Redação Central Press/
28/04/2025, 21h49
/
4 min
Luis Montenegro, primeiro-ministro @govpt
Luis Montenegro, primeiro-ministro @govpt

O Primeiro-Ministro de Portugal dirigiu-se hoje ao país para fazer um ponto de situação sobre o apagão elétrico que afetou o território nacional. O chefe do Governo apelou a um esforço de moderação nos consumos de eletricidade, pedindo ainda calma e prudência face à desinformação que possa circular.

Segundo o Primeiro-Ministro, a origem do apagão ainda não foi totalmente aferida, mas existem indícios que apontam para a rede elétrica espanhola. Terá ocorrido um aumento abrupto na tensão da rede espanhola, cuja razão está ainda a ser apurada, em articulação com as autoridades espanholas.

Em Portugal, a REN – Redes Energéticas Nacionais está a gerir com especial cuidado a reposição da eletricidade, calibrando a capacidade de entrega para evitar que uma atribuição demasiado elevada possa gerar novas quebras. A reposição está a ser feita de forma progressiva e a antecipação dos horários de restabelecimento está a ser avaliada.

O Primeiro-Ministro sublinhou que se trata de uma situação grave, inédita e inesperada. Reforçou ainda a importância de seguir apenas as informações oficiais divulgadas pelas autoridades.

Medidas de resposta em curso
Entre as principais ações adotadas, destacam-se:

  • Hospitais e apoio a populações mais afetadas foram priorizados.
  • Foi realizado o isolamento da rede elétrica nacional das ligações com Espanha.
  • Foram reativados grupos de geradores nacionais, nomeadamente em Outeiro e Castelo de Bode, para contribuir para a reposição da eletricidade.
  • A coordenação da operação foi concentrada na célula de crise do Sistema de Segurança Interna e no Centro Coordenador Operacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
  • No Sistema de Informações da República Portuguesa, as Forças Armadas, a Direção Executiva do SNS e o INEM constituíram gabinetes de crise para articular a resposta em conjunto com o Governo.

O Primeiro-Ministro informou ainda que está em contacto permanente com o Presidente da República. Já dialogou e trocou informações com o líder da oposição, com a Presidente da Comissão Europeia, com o Presidente do Conselho Europeu e com o Presidente do Governo de Espanha.

Embora tenha sido tentada, não foi possível realizar uma reunião com a Assembleia da República, devido a dificuldades de contacto com as representações parlamentares.

Situação de crise energética e medidas prioritárias
O Conselho de Ministros decretou situação de crise energética, medida que permitiu:

  • A afetar prioritariamente a energia e combustíveis aos serviços essenciais;
  • A organizar a distribuição de combustível para serviços críticos;
  • A atribuir à REN a responsabilidade pela gestão prioritária da eletricidade para hospitais.

Para mitigar atrasos nos transportes, serão realizados voos noturnos para recuperar o impacto nos aeroportos.

No que diz respeito à educação, as escolas de pré-escolar e primeiro ciclo foram orientadas a manter a atividade e a reter os alunos até que os encarregados de educação ou os transportes escolares pudessem assegurar a sua recolha em segurança.

Perspetivas de reposição
O abastecimento de eletricidade tem vindo a ser progressivamente restabelecido, sendo expectável que, nas próximas horas, a situação esteja normalizada em todo o território nacional.

O Primeiro-Ministro alertou, no entanto, que a retoma poderá demorar mais em Portugal do que em Espanha, devido ao facto de o sistema elétrico português estar interligado apenas a Espanha, enquanto o país vizinho tem também ligações com a França e Marrocos, o que lhe dá maior flexibilidade.

Quanto às escolas e tendo em conta que o processo é delicado, considera que possa acontecer com normalidade as escolas abrirem, a não ser que algo de extraordinário possa acontecer.

Portugal terá mecanismos de segurança mais desenvolvidos para minimizar este tipo de impactos. Há muito tempo que Portugal luta por interligações com a Europa para vender e consumir energia.

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