A programação cultural do município de Leiria para o primeiro semestre de 2024 será orientada para celebrar a liberdade, através de um conjunto diversificado de eventos apresentado hoje num futuro novo espaço cultural da cidade, a Blackbox.
Ilustrada pelo artista Tenório, a agenda cultural de Leiria para o período entre janeiro e junho destaca dez eventos por mês entre algumas centenas que vão acontecer nos primeiros seis meses do ano, tanto aqueles que são responsabilidade “da programação do município como também dos agentes culturais e do associativismo”, explicou a vereadora da Cultura, Anabela Graça.
A par da programação, a nova Blackbox - Plataforma de Criação Artística vai marcar também a cultura do concelho neste ano, acredita a autarca.
Com abertura prometida para o segundo trimestre, a Blackbox “é um espaço diferente, que queremos que seja o palco de muitas ações de criação e cocriação", entre "artistas e agentes culturais, não só de Leiria, mas também de outras cidades, nomeadamente as que fazem parte da rede de Cidades Criativas da Região Centro”, disse a autarca de Leiria, Cidade Criativa da UNESCO para a música.
Estruturada para “celebrar a liberdade”, a programação tem foco principal na comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, com destaque para a Festa do Povo, entre os dias 24 e 28 de abril.
“É uma grande organização do tecido associativo e do município”, salientou o chefe da Divisão da Ação Cultural do município de Leiria, Rui Cunha, antecipando o envolvimento dos ranchos folclóricos e grupos de teatro do concelho, bem como os diversos concertos anunciados.
Entre esses espetáculos, destaque para o que junta a Orquestra Filarmonia das Beiras com Janita Salomé e Vitorino, a 24 de abril, e, no dia 25 de Abril, o encontro de JP Simões com Surma para interpretar José Mário Branco. Nessa noite atua também David Fonseca. No dia 26 de abril, a Orquestra Jazz de Leiria convida Samuel Úria.
Ainda no âmbito dos 50 anos do 25 de Abril, o mimo - Museu da Imagem em Movimento lembra Jorge Oliveira, Tereza Arriaga e Manuel Filipe na exposição “Artistas na Fábrica”, que é inaugurada a 22 de abril.
“Álvaro Siza Vieira - Um diálogo entre o passado e o presente” é outra exposição em destaque, entre 02 de março e 09 de junho no BAG - Banco das Artes Galeria.
Os 25 anos da descoberta da “Criança do Lapedo” inspiram outra exposição, que se reparte pela rua e pelo Museu de Leiria a partir de 01 de junho, sobre os animais que viveram na zona onde o achado arqueológico com 29 mil anos foi encontrado.
O espetáculo “As portas que Abril abriu” é estreado pelo Conservatório Internacional de Ballet Annarella Sanchez a 16 de março e, no teatro, entre 17 e 19 de maio, Leiria recebe o festival Panos.
Na área da literatura, a Feira do Livro vai crescer para nove dias, entre 01 e 09 de junho, muda para o Jardim Luís de Camões e terá a jornalista Isabel Lucas e o escritor Nuno Artur Silva como curadores.
A digitalização da obra de António Campos pela Cinemateca Portuguesa vai permitir a apresentação em Leiria de um ciclo dedicado ao realizador natural da cidade, nome-chave do documentarismo em Portugal, a realizar ao longo do mês de março.
“Dentro das diferentes áreas artísticas, é uma programação com muita qualidade, muito diversificada para vários públicos. A diversidade é imensa e a qualidade também”, realça Anabela Graça.
A vereadora acredita que, depois de em 2023 terem sido registados 993 eventos na agenda cultural do município, no final do corrente ano “serão ultrapassados os mil eventos em Leiria”.